segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Oito


Preciso dormir...
Oito horas de sono sem palavras.

A noite foi de oito horas sem sono.
Madrugada... palavras precisam falar.
Sinto agora um descaso profundo.
O dia havia sido raso sem mergulhos.
Preciso ficar cansado de criar.

Outro dia...
Crio... recrio... várias e várias vezes.
Hoje foi fértil, fácil e exagerado.
Tenho então oito horas de sono sem palavras.
Esse sono não é vazio... é habitado.
Não importa se são sonhos ou pesadelos.
O pesado é suportar o nada.

Nas outras dezesseis horas...
Preciso sonhar que estou sonhando.
Camadas e camadas de palavras.
Formam a cama e o chão de fato.
Para que o descanso e ação possam existir.

Essa poesia fará parte do livro “Rosa dos Tempos”.


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