segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Por onde andas?

Longitude e latitude... preciso dos números exatos.
Não tenho números... não tenho um mapa, mas tenho tanta saudade.

O teu endereço o tempo mudou.
Cidades com nomes diferentes... as coincidências não se encontram mais.

Como você está? Casou? Teve filhos? Você é feliz?
São tantas as perguntas buscando uma possibilidade de reencontro.

Eu?
Continuo andando... entre lembranças e conquistas.

Nós... andamos por onde?
Entre as tuas recordações e as lembranças que eu tenho de ti.

Somente isso não é o bastante eu sei.
Apenas continuo... andando e pensando...
Por onde andas?

domingo, 30 de outubro de 2011

Exista!

Estou me guardando.

O dia não guarda... a luz se põe.
A lua não guarda... é cheia quando tem que ser.
O mundo não guarda... ora sol ora lua se expõe.

Estou me guardando.

O sorriso não guarda... dentes exibem-se.
Os lábios não guardam... procuram outros lábios.
O desejo não guarda... entrega-se e queima.

Estou me guardando.

A tempestade não guarda... o que tem que cair cai.
A correnteza não guarda... sobre outras águas eu andei.
A árvore não guarda... a flor sempre se abre.

O presente não se guarda presenteia-se no agora.
O que quer existir não se guarda.

Ela está se guardando.
Por nada... para ninguém.

Não se guarde... simplesmente exista!

Essa poesia fará parte do livro “Rosa dos Tempos”

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quem decidiu?


Por que o dia tem 24 horas?
Meu dia se encerra quando o momento acaba.
Ele não se encerra nunca.

Por que o ano tem 12 meses?
Existem meses com nome de imperador ou de deusa.
Sou apenas um plebeu que foge da mortalidade.
O momento nomeia meu mês, por exemplo...
Tive sorte no dia 11 do mês Inesquecível.
(Embarquei nessa existência.)
Disse adeus no dia 25 do mês Saudade.
(Pai você faz falta... abraços.)

Por que a minha vida tem que ter algumas décadas?
Quem decidiu errou.
É minha a decisão de quando eu vou acabar.
Eu decido que não vou acabar nunca!

Essa poesia fará parte do livro “Rosa dos Tempos”.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

João e Maria

Maria, Aparecida e Julieta.
Nem sempre a história é uma tragédia.
Lábios com veneno...
A maioria dos corações não quer beijá-los.
De vez em quando eles se decepcionam... choram.

Lágrimas... fase nublada... esperança.

Do outro lado nasce um homem simples clamando por amor.
Em outro lugar nasce um poeta implorando por seu amor.
Seu nome pode ser João, José, Romeu ou eu mesmo.
Eles não querem perecer... eles querem amar.
Através dos versos ou apenas com abraços e carinhos.

Este verso fará parte do livro “Significado”.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A verdade

Quando estou sozinho...

Desato a rabiscar...
Não me culpem pelo excesso.
Preciso rimar e encenar histórias.
Posso oscilar entre o poeta e o ator.
Entre o sincero e o semi-mentiroso.

Às vezes ajo em grupo.

Posso ser descobridor de novos mares.
Malabarista de estrelas parceiras.
Promotor de sonhos...
Líder insano... distribuidor de beleza.
Sem deixar de ser mundano e no mínimo quase especial.
Mentiroso e semi-verdadeiro.

Essa é a verdade sobre mim.
Ou pelo menos uma das que eu precisei reinventar.

(Essa poesia fará parte do livro “Tentei me explicar”)