quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Olhos e almas

O vento tem seu ciclo.
Ora vai ora vem.
Às vezes leva... tempo... amores e algumas rimas.
Ora vêm... e trás tudo outra vez.

Quando quase me esquecer de tuas palavras...
O pó delas serão sementes.

...do pó ao verso...

Assim são as palavras da alma... não são vãs.
De uma maneira ou outra serão eternas.

Morte material... peço perdão.
Não transformarei o último suspiro em verso.
Fico devendo apenas este.

Para os meus que foram escritos e lidos...
Do pó ao verso retornarão.

Para as pessoas lidas e sentidas por mim prometo...
Meus olhos perpetuarão suas almas.

sábado, 17 de setembro de 2011

De outra forma.

Estado gasoso... talvez.

O fogo abraça poesias escritas pensando em ti.
Incineradas viajam ansiosas...
O aroma dos meus sentimentos...
Respire.

Liquido se ele fosse... porque não?

Despejaria algumas gotas diluídas em rimas.
No litoral de algum mar... na margem de algum rio...
Você poderia beber e se satisfazer de amor.

Sólido... agora sim.

Seus movimentos são pedras...
Colidem entre um pulsar e outro.
Sonoro... pode ser assim...
Entre um silêncio e outro virá um sussurro...
Ouça.

Nem que seja de outra forma...
Os corações precisam se encontrar.

Esta poesia fará parte do livro “Significado”.

domingo, 11 de setembro de 2011

1 minuto para as 30

Até daqui a pouco...
Disse o laranja de um sol diferente.
Chegou...
Conversei algumas horas com a lua e ela não era a mesma.

O costume está desconfiado, mas registra alguns assuntos.
Pode falar... o velho caderno não deixará de te ouvir.
Na madrugada virei uma pagina diferente...
Suas linhas lisas tinham o peso de rugas.

Acordo e sinto a mudança.
Com um olho mais maduro o sol me observa.
Hoje o invisível esta diferente.

Meio dia e meio...

Interrompi as percepções... olhei para o relógio.
Percebi que houve um engano.

Não era um minuto para as trinta.
O dia tem vinte e quatro horas.
Era um minuto para os trinta anos.

O passado simplifica a extensão do tempo.
Como se fosse uma hora um ano passou e vários outros.
Comemora vai passar... parabéns para... passou.

Com vinte e nove anos senti esses versos...
Como se eles fossem eternos.

Essa poesia fará parte do livro “Rosa dos Tempos”


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Caia

Diziam...
Você vai mudar o mundo.

Poesias... teorias... artista.
Malabarismos intelectuais.
Circo mental divertido... fisicamente isolado.
Ora sou poeta ou pareço um palhaço.
Não quero pintar sorrisos brilhantes.
(Colorido de elogios para parecer feliz.)

Acrobacias no trapézio do destino.
Se ela cair... no salto mortal ou...
Se ela cair do salto alto em qualquer lugar.
Sou a sua cama elástica ou o ombro macio.
No final do dia fico estático na cama com você.

Balance... balance...
Caia, olhe e me veja.
Você precisa aparecer!

Porque eu quero...
Ter alguém para mudar o meu mundo.
Fazer palhaçadas a dois.

Depois disso não quero mudar mais nada!

Esta poesia fará parte do livro “Significado”.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sobre o papel

Eu ou você?
Quem estava errado?
Você diz que sou eu.
Protesto... proteja-me texto meu.

Imperfeito julgando outra imperfeição.

Maturidade... faca juiz.
Julga e corta a minha e talvez a sua...
Falsa sensação de perfeição.

Batalhas inúteis... passado.
Estou cansado disso.
Chega de julgar... jogo... tudo!

Atiro as primeiras perdas sobre o papel.
Eu corri sim de olhos fechados para o amor.
Ouvi adeus e chorei por saudade.
Fui inconseqüente...
Eu me perdôo!

Olha... perdeu as correntes... esta longe... vai...
O vôo do rancor é lindo!

O perdão é a espada dos reis.
Os poetas de coração nobre também podem erguê-la.
Sobre o papel meu lápis pobre me enobrece.

Esta poesia fará parte do livro “Significado”.