sábado, 21 de maio de 2011

Gladiador


A revolta está na ponta do chicote feito com o couro da mágoa.
O arco mostra seus dentes furiosos e dispara palavras.
A ponta da flecha umedecida pela saliva envenenada deixa cicatrizes.

Essa luta é em vão!

Não seja aço não quebre.
Não existe nenhuma espada que atravessa através dos tempos o coração da humanidade.

Não sou gladiador sou poeta.
Uso palavras como ferramentas da alma não como armas.
Pego algumas delas serro o ódio ao meio e abro os punhos cerrados.
Escrevo suave... é assim que tento vencer a luta interna.

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