sábado, 13 de agosto de 2011

Traje boemia


Retratos... maus tratos... falta de tato.
Não agüento... carência impaciente.
Quero ser tocado... quero devorar.
Para isso preciso deixar o lado poeta em casa.
Uma noite sem lápis e papel... eu mereço.

Visto o traje boemia... desejo nu.
Quero beber a beleza noturna.
Quero fazer loucuras.
Sem nenhum verso para me incriminar.

Estrelas testemunhas oculares.
Estão longe demais para me censurar.

Até o sol nascer estou livre.
Livre das defesas pessoais.
Livre da obrigação de acertar.

Vou sair agora... o antigo eu não vai voltar.
O que vai acontecer depois do último verso?

A partir deste momento...
A imaginação insana ignora as perguntas da sanidade.

Este verso fará parte do livro “Significado”.

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